segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Festival Gastronomico de Praia do Forte








O Tempero no Forte – V Festival de Gastronomia e Festival de Arte e Cultura de Praia do Forte – comemora seus cinco anos de sucesso homenageando “A pimenta: aromas e sabores”. De 25 de novembro a 5 de dezembro de 2010, chefs de todo o Brasil estarão na paradisíaca Praia do Forte preparando pratos especialmente criados nos 29 restaurantes já confirmados para participar do Festival.

No aniversário de 5 anos do Tempero, a marca do Festival, será o tema – a pimenta. Ingrediente básico de diversas receitas brasileiras e símbolo maior dessa trajetória de cores e aromas, de cinco em cinco anos, o Tempero voltará a homenagear este ingrediente tão presente na culinária baiana.

Os 28 Restaurantes participantes receberão chefs visitantes ou criarão um prato especial para o evento, com destaque para a pimenta. Dentre os chefs confirmados, nomes como: Thiago Castanho (PA), Flavia Quaresma (RJ), Mônica Rangel (MG), Dalton Rangel (RJ), Marcio Moreira (Programa Mais Você), Morena Leite, Joca Pontes (PE) e Ivo Faria (MG),Duca Lapenda (PE), William Chen Yen (DF), Don Fabrizio (Porto Seguro) e o chocolatier Diego Lozano. Eles estarão na Praia do Forte de 25 e 28 de novembro.



Na Cozinha Show, estão sendo esperadas atrações diversificadas, com destaque para o Workshop sobre Pimentas, Ervas e Especiarias com Nelo Linguanotto, um dos mais respeitados produtores e pesquisadores de novos temperos, ervas e especiarias no Brasil e no mundo. Linguanotto dará dicas e técnicas para o melhor aproveitamento dos sabores inconfundíveis das especiarias. Em seu livro, o Dicionário Gastronômico de Pimentas, o primeiro livro brasileiro completo sobre pimentas, o autor esclarece as diferenças entre os muitos ingredientes que de forma simplista, chamamos de pimentas.

Com Filé, Farinha, Dendê, Coco e Pimenta, a cada ano o Tempero leva sempre temas característicos da região e dos sabores baianos. Além disso, busca dar um retorno à comunidade local, fomentando o artesanato, a música, a capacitação profissional e levando um público diferenciado para o local, o que gera maior movimentação nos restaurantes e no comércio. Exposição e vendas de produtos de artistas e artesão locais, apresentação do Instrumental Infantil do Projeto Criança Cidadã de Praia do Forte, decoração artística na Vila de Praia do Forte com mais 100 pássaros feitos com casca de coco, Cozinha Show com chefs de todo o país, Sarau Gastronômico, Festim... e muito mais. O Tempero no Forte já entrou no calendário de baianos e turistas, por quem aprecia a gastronomia, mas também por aqueles que freqüentam uma das praias mais bonitas do país.

Mas mais do que um evento de gastronomia, o Tempero no Forte é também um movimento cultural. Aprovado pelo Fazcultura, o Festival de Arte e Cultura traz novidades especiais em 2010. no Espaço Música com Tempero, João Bosco será a atração mais do que especial na noite do dia 26. O intercâmbio harmônico entre turismo, cultura e entretenimento vem consolidando nacionalmente o Tempero no Forte em sua categoria, como um dos melhores Festivais do Brasil.

Valorizando a arte e cultura regionais, em homenagem à pimenta, artistas plásticos de Salvador e artesãos da região farão, em conjunto, intervenções na Vila de Praia do Forte. No Mercado Cultural do Forte, haverá exposição e venda dos produtos da região, do artesanato local e setores ligados a gastronomia, exposição de fotos e mostras da cultura local.

domingo, 28 de novembro de 2010

Campeonato de Som


Nordeste Independente

Os políticos,os homens do poder,
esses que deveriam resolver,se
empenhar e solucionar os problemas
sérios e definitivos do país,eles
permanecem em Brasília,
nos gabinetes.

Quando se aproxima o ano das
eleições,eles saem de Brasília,eles
pegam o avião,vão lá no Nordeste,
sobrevoam a região,se certificam que
há seca realmente no Nordeste.E entra
ano sai ano e o sertão continua ao
Deus dará.Então,diante dessas
circunstâncias todas,é que o poeta
popular já tá fazendo música,coisas
engraçadas evidentemente,é mais ou
menos assim:imagine o Brasil ser
divivido e o Nordeste ficar
independente.

Já que existe no Sul eswse conceito
que o Nordeste é ruim,seco e ingrato,
já que existe a separação de fato
é preciso torná-la de direito.
Quando um dia qualquer isso for feito
todos dois vão lucrar imensamente
começando uma vida diferente
da que a gente até hoje tem vivido
Imagine o Brasil ser dividido
e o Nordeste ficar independente

Dividindo a partir de Salvador
oNordeste seria outro paós
vigoroso,leal,rico e feliz
sem dever a ninguém no exterior.
Jangadeiro seria o senador
o cassado-de-roça era o suplente
cantador-de-viola o presidente
e o vaqueiro era o líder do partido.
Imagine o Brasil ser dividido
e o Nordeste ficar independente.

Em Recife o distrito industrial;
o idioma ia ser "nordestinense";
a bandeira,de renda cearense;
"Asa Branca" era o hino nacional;
o folheto era o símbolo oficial;
a moeda,o tostão de antigamente;
Conselheiro seria o inconfidente;
Lampião,o herói inesquecido.
Imagine o Brasil ser dividido
e o Nordeste ficar independente.

O Brasil vai ter de importar
do Nordeste algodão ,cana caju,
carnaúba,laranja,babaçu,
abacaxi e o sal de cozinhar.
O arroz.o agave do lugar,
a cebola,o petróleo,o aguardente.
O Nordeste é auto-suficiente,
o seu lucro,seria garantido.
Imagine o Brasil ser dividido
e o Nordeste ficar independente.

Povo do meu Brasil.
Políticos brasileiros.
Não pensem que vocês nos enganam,
porque nosso povo não é besta.

domingo, 19 de setembro de 2010

Piadas de Baiano

Baiano no meio de um tiroteio.



SORTE GRANDE

Três horas da tarde. Dois baianos encostados numa árvore à beira da estrada.
Passa um carro a grande velocidade e deixa voar uma nota de cem reais, mas o dinheiro vai cair do outro lado da estrada. Passados cinco minutos, um fala para o outro:
- Rapaz , se o vento muda, a gente ganha o dia...


CHUVA...

Dois baianos conversam na rede estendida na sala. Um deles pergunta:
- Será que tá chovendo, óxente?
- Sei não, meu rei...
- Vai lá fora e dá uma olhada...
- Vai você...
- Eu não, tô muito cansado...
- Então, chama o cão...
- Chama você, óxente...
- Ô Fernaaando! Fernando Henrique!
O cachorro entra na sala e fica entre os dois preguiçosos.
- E então?
- Tá chovendo não, meu rei... O cão tá sequinho.


ASSALTO

Quatro baianos acabam de assaltar um banco com sucesso. Param o carro uns quilômetros à frente, e
um deles pergunta ao chefe da quadrilha:
- E aí... vamo contá o dinheiro, meu rei?
- Pra que todo esse trabalhão? Vamos esperar o noticiário da TV pra saber!!!


CIRURGIA...

Um gaúcho entra no consultório médico, meio desanimado, e diz:
- Doutor, estou cansado de ser gaúcho, quero virar carioca.
O doutor disse:
- Tem certeza? A operação é irreversível! Não tem volta!
- Tenho.
O doutor começa anestesiar o gaúcho, abre sua cabeça, e começa a enfiar merda lá dentro.
Quando o gaúcho (já carioca) acorda, fala:
- Oxente, bichinho, qui qui houve puraqui?
O doutor batendo com a mão na testa diz:
- Ih, coloquei pouca merda. Vou colocar mais!!!


ZIPER

- Méu rei, veja aí pra mim... a braguilha de minha calça está aberta?
- Ólhe... tá não...
- Então, deixe... vô deixá pra mija amanhã...


BAIANO DINÂMICO...

Um baiano deitado na rede pergunta pro amigo:
- Meu rei... tem aí remédio pra mordida de tartaruga?
- Por que, você foi mordido?
- Não, mas tem uma vindo na minha direção!


PREGUI...

A mãe daquele baiano vai viajar pro exterior e pergunta ao filho:
- Quer que lhe traga alguma coisa da viagem, meu dengo?
- Ô, minha mãe, traz um relógio que diz as horas por favor...
- Ué, e o seu não diz?
- Diz não, mãe, eu tenho que olhar nele pra saber...


PEDREIRO

O baiano vai trabalhar numa obra, como ajudante de pedreiro. Logo no primeiro dia, o mestre-de-obras chama a sua atenção:
— Ô, Vicente! Os outros serventes levam dez tijolos de cada vez! Por que você leva só cinco?
— Ah, o senhor sabe como tem gente folgada nesse mundo! Vai ver eles têm preguiça de fazer duas viagens, patrão.


TREM

O baiano chega numa estação de trem em Minas e pergunta ao bilheteiro:

— Oxente! O senhor sabe se o trem das cinco já passou, sabe?

— Sim senhor, já passou.

— E o trem das cinco e meia?

— Também já passou...

— E o expresso mineiro, que hora que vai passar?

— Daqui a meia hora.

— E o que vai pra Sum Paulo?

— Meu senhor, por que você não me fala logo o trem que quer pegar aí eu te falo se passou ou não passou!

— Och... Mas eu não quero pegar trem nenhum não senhor!

— Então por que pergunta?

— É que eu quero atravessar a linha! E o senhor sabe como é, eu gosto de andar beeeeem devagar...


ITAPARICA

Um baiano em pleno sol de duas da tarde de verão, deitado em sua rede na varanda da frente da casa em Itaparica, um trabalhador da prefeitura que cavava uma vala em uma obra da rua diz pra ele:
- Sabia que a preguiça é um dos sete pecados capitais ???
O bahiano responde:
- A inveja também meu rei !!!!!!!!!!!!!


terça-feira, 3 de agosto de 2010

Receitas da Bahia


Quer se deliciar com a gastronomia baiana e é pão duro e não tem como vir aqui para degustar. Segue uma das receitas e sinta o poder que essa terra tem. Por falar em poder, não abuse, porque nunca se sabe como será o dia seguinte (rs). Mas, vamos seguir falando do Caruru, Aqui na Bahia a gente chama de Carurivis (pra não rimar) - O caruru é um prato típico da culinária baiana, originalmente africano, utilizado como comida ritual do candomblé, provavelmente trazida para o Brasil pelos escravos africanos. Pode-se comer acompanhado de acarajé ou abará e de pedaços de carne (frango ou peixe). Originalmente, o caruru brasileiro era um refogado de ervas que servia para acompanhar outro prato (carne ou peixe). Mais africano que indígena, o caruru é feito com o quiabo, a pimenta-malagueta, camarão seco e dendê.

Segue uma receita para uma turma de 12 pessoas (geralmente é a quantidade da galera que bate um baba comigo, se acaso não sabe o que é baba, volte ao meu blog e acesse o dicionário de baianês). O tempo de preparo é em média uma hora, mas as coisas já devem começar no dia anterior (sabe como é as coisas de baiano)


CARURU

100 quiabos
1 xícara de castanha de caju
100 g de amendoim torrado e moído sem casca
2 xícaras de camarões defumados, descascados e moídos
2 cebolas grandes
2 xícaras de azeite de dendê
3 limões
2 colheres de sopa de sal
4 xícaras de água quente
pimenta
gengibre
alho

Dai, lava-se os quiabos (óbvio), enxugando bem para não formar baba quando parti-los. Segundo a tradição, os quiabos devem ser cortados em cruz (Deus nos ajude com a dor de barriga), no sentido longitudinal, e depois em rodelinhas bem finas; mas hoje já se corta nas facas do processador. Coloque os camarões secos e moídos, cebola ralada, alho, sal, castanha e amendoim para rechear no azeite de dendê. Ponha os quiabos partidos, as xícaras de água e as colheres de sopa de limão para cortar a baba. Adicione ainda alguns camarões secos inteiros e grandes. Cozinhe tudo até ficar pastoso. Quando os caroços dos quiabos estiverem bem rosados, retire do fogo.

Na festa de São Cosme e São Damião, quando o caruru é de promessa, costuma-se colocar sete quiabos inteiros. O convidado que tiver no seu prato, ao acaso, um desses quiabos, fica na obrigação de oferecer ao santo outro caruru (Na dúvida você coloca uns 20 quiabos desse para garantir outra festa na casa dos amigos).


VATAPÁ
A receita original é feita à base de camarão seco, pão, leite de coco, amendoim e castanha de caju. Alguns estados brasileiros têm suas próprias versões, mas para o acarajé o ideal é preparar o legítimo vatapá baiano. Você pode seguir lendo os procedimentos, ou baixar a música de mesmo nome de Dorival Caymmi.

Quem quiser vatapá, ô
Que procure fazer
Primeiro o fubá
Depois o dendê
Procure uma nêga baiana, ô
Que saiba mexer
Que saiba mexer
Que saiba mexer
Bota castanha de caju
Um bocadinho mais
Pimenta malagueta
Um bocadinho mais
Amendoim, camarão, rala um coco
Na hora de machucar
Sal com gengibre e cebola, iaiá
Na hora de temperar
Não para de mexer, ô
Que é pra não embolar
Panela no fogo
Não deixa queimar
Com qualquer dez mil réis e uma nêga ô
Se faz um vatapá
Se faz um vatapá
Que bom vatapá


500g de camarão seco
2 litros de leite de coco (de preferência natural)
150g de amendoim torrado e sem a pele
150g de castanha de caju
½ molho de cheiro verde
molho de coentro
4 tomates picados
2 cebolas grandes picadas
2 xícaras de azeite de dendê
1 colher de azeite de oliva
3 xícaras de farinha de trigo ou 10 pães cacetinho (ver dicionario de baianês) amanhecidos
sal
1 pequeno pedaço de gengibre ralado

Limpe os camarões, tirando a calda e a cabeça, separando a metade. Bata no liqüidificador o amendoim, as castanhas e metade dos camarões até virar uma farofa homogênea. Dissolva a farinha de trigo em ½ litro de leite de coco frio. Se estiver usando pão, coloque de molho na mesma quantidade de leite de coco. Coloque o restante do leite de coco na panela. Bata os temperos no liqüidificador, coloque a panela no fogo e acrescente a farinha dissolvida, ou os pães., os temperos batidos e a farofa de camarão, amendoim e castanha. Não pare de mexer para não embolar. Acrescente o dendê, o azeite de oliva a outra metade dos camarões inteiros, o sal e o gengibre. Continue a mexer até ferver bem. O vatapá deve ficar com uma consistência firme, mas cremosa. Se ficar muito duro, acrescente mais leite de coco, se ficar muito mole, acrescente mais farinha de trigo ou pão.


XINXIM DE GALINHA
2 kg de frango cortado pelas juntas
1/2 xícara (chá) de amendoim torrado e moído
1/2 xícara (chá) de castanha de caju moída
1/2 xícara (chá) de azeite de dendê
2 colheres (sopa) de suco de limão
1 colher (sopa) de gengibre ralado
1 colher (chá) de pimenta do reino moída
250 g camarão seco, descascado e moído (opcional)
4 dentes de alho amassados
1/2 maço de coentro picado
2 cebolas grandes picadas
1 xícara (chá) de leite de coco
Sal a gosto

Limpe a galinha ou frango, corte pelas juntas e tempere com alho socado, caldo de limão, pimenta e sal, deixando descansar por meia hora. Em uma panela grande, aqueça o azeite de dendê e refogue os pedaços de frango por mais ou menos 25 minutos, mexendo de vez em quando Bata no liquidificador ou processador o coentro, a cebola, a castanha, o amendoim e o gengibre, adicione tudo ao refogado e, se preferir, acrescente também o camarão. Cozinhe em fogo médio até o frango ficar macio. Junte o leite de coco e deixe ferver mais um pouco. Se o caldo começar a secar, acrescente um pouco de água. Se desejar, desosse a galinha antes de servir. Sirva com arroz branco e farofa de azeite de dendê.


ACARAJÉ
1 litro de azeite de dendê para fritar
1 colher (sobremesa) de sal
1 dente de alho
1 colher (chá) de gengibre ralado
300 g de cebola em pedaços
1 kg de feijão fradinho quebrado

Numa bacia grande, coloque o feijão e lave várias vezes, até sair toda a casca. A seguir, deixe de molho por 3 horas. Escorra o feijão, coloque no liquidificador, junte a cebola, o gengibre, o alho e o sal e bata até obter uma pasta. Antes de fritar, bata novamente a pasta com uma colher, até ficar bem fofinha. Numa panela grande, aqueça bem o azeite-de-dendê. Com a ajuda de duas colheres, molde os bolinhos e frite-os no azeite. Sirva-os recheados com camarão ou com os recheios à parte. Camarão para acarajé: Numa panela, coloque todos os ingredientes e misture. Leve ao fogo e refogue por 3 minutos.


FAROFA BAIANA
1/2 copo de óleo
3 gomos de linguiça calabresa (cortada em pequenos cubos)
1 maço de couve (cortada em tiras)
7 pimentas dedo de moça (cortada em rodelas sem semente)
500 ml de água quente
1 pacote de farinha de mandioca torrada
2 colheres (café) de sal
1 maço de cheiro verde picado


ARROZ
Bom, se voce não sabe como fazer um arroz, é melhor desisitir de fazer a receita.


terça-feira, 27 de julho de 2010

Dicionário de Baianês


Dizem que baiano não nasce, baiano estréia. Por isso aqui na Bahia temos um jeito baiano de ser; aquela coisa meio "acarajeica", meio singular. Para não fazer feio na hora de se comunicar com um baiano, surgiu a criação do idioma local; o baianês. Para isso, segue uma mostra do nosso baianês e seu significado.


A Migué - À vontade, de forma esculhambada.
A Pulso - À força.
À Toa - Parado.
Abecê - Abecedário
Abestalhado - bobo.
Abrir o Gás - Se mandar, ir embora.
Abusar - Perturbar, encher o saco.
Afetado - Menino com jeito de fresco.
AFF! - Puxa vida!
Agreste - Bruto, grosso, mal educado.
Agrestia - Baixaria, mau gosto. No baba(futebol), quando alguém é agreste, o cara "chega na agrestia", na violência.
Agoniado - Aflito, apressado, estressado.
Água-Dura - Cachaça.
Aí Fedeu - Aí fudeu, aí já era.
Aimpim - Aipim.
Amassado (Roupa) - Amarrotado.
Amigo Secreto - Amigo oculto.
Aonde - De jeito nenhum. ("o Bahia vai ganhar do Vitória." "Aonde?!")
Apavora - Detona, comanda. ("O Site do Hora apavora!")
Arabaca - Carro velho, máquina velha.
Arerê - Confusão, agito.
Armengue - Improviso, gambiarra.
Arraia - Pipa.
Arreia - Apavora, detona, comanda. ("A Torcida Imbatíveis arreia!")
Arreliar - Fazer pouco caso.(para os paulistas "zoando, meu!")
Arribar - Levantar, ir embora.
Arrodear - Dar a volta num lugar.
Arrombado - Fudido.
Assanhado - Cabelo despenteado.
Assento - Bunda.
Assistir (o jogo) - Ouvir pela rádio.
Assuntar - Prestar atenção.
Atirado - Ousado, que se mete sem ser chamado.
Auê - Zorra, agito.
Ave Maria! - Interjeição pra qualquer situação.
Avexado - Apressado.
Avionado - Disparado, correndo muito.
Avoar - voar.
Azuado - Pertubado.

Baba - Racha, pelada, jogo amador de futebol.
Badogue - Estilingue.
Badogueira - Mulher muito feia.
Bagunhar - Segurar firme; tomar algo na raça.
Bahêa - Guardador de carro.
Baleado - Queimada (jogo infantil).
Banca - Aula particular. ("meu filho faz banca de português")
Banda - Pedaço, parte.
Banho-de-Cuia - Lençol no futebol.
Barão - Gente rica, milionário.
Barona - Milionária, madame.
Bater no fundo - Bater na traseira de um carro.
Beinho - Benzinho.
Bestagem - Bobagem, babaquice.
Binga - Pau, cacete.
Boca-de-lobo - Bueiro.
Boca-de-se-fuder - Lugar perigoso.
Bocó - Otário.
Boiado - Cansado.
Boiar - Cansar.
Bolacha - Biscoito.
Bolinho-de-estudante - Bolinho de tapioca.
Bom - Grande. ("Aquele é um bom sacana")
Bombom - Bala.
Bora? - Vamos? ("Bora sair?")
Borboleta - Torriquete de ônibus.
Borimbora - Vamos embora.
Borrão - Rascunho.
Bota pra fudê - Detonar, apavorar; grito de guerra nos shows do Camisa de Vênus.
Botar pilha - Botar fogo, estimular briga.
Bozenga - Mulher feia.
Bozó - Despacho de macumba.
Bragueado - Cansado pra cacete; atrapalhado.
Brau (Brown) - Cafona; de mau gosto. (Agora vc sabe de onde vem Carlinhos Brown )
Brenfa - Groupies, mulher que dão em cima dos rockeiros.
Brega - Zona, puteiro.
Bronha - Punheta.
Brôco - Desorientado, desordenado; velho esclerótico.
Bufar - Peidar.
Bufa, Bufão - Mané, aquele que é uma merda em alguma coisa. Bufa pode ser usado no lugar de merda também. ("Que Bufa!")
Bufa fria - "Você é Bufa fria!", um cara muito zé-mané.
Bufento - Empoeirado.
Bujão - Gordo.
Bulir - Mexer, tocar. ("Não bula aí, menino!")
Buzu - Ônibus.

Cabeça-de-prego - Furúnculo.
Caceta - Cacete, pau.
Cacete armado - Confusão.
Cacetinho - Pão francês.
Cachação - Tapa na cabeça ou no pescoço.
Caco - Vaso de planta.
Café-com-leite - Criança que entra na brincadeira, mas só pra participar, sem ganhar ou perder.
Cair Matando - Comer tudo; dar porrada.
Caixão e Vela - Morreu aí; não há mais o que fazer; gol no futebol.
Calçola - Calcinha.
Calçolão - Aquele que só sai de casa com a namorada.
Camarão - Pessoa que fica vermelho em momentos incômodos. (Rodrigo Nunes)
Cambito - Perna fina.
Campado - Fudido. ("Tô campado!")
Canetar - Estudar pra caramba; entregar alguém, dedurar; multar.
Canetão - CDF. Aquele que estuda muito.
Canguinha - Pão-duro.
Canguinhagem - Pão-durismo.
Canjica - Papa de milho.
Cão chupando manga - Diz quando alguém é bom em alguma coisa. ("Romário é o cão chupando manga.")
Capote - Casaco de frio; carne com capa de gordura por cima.
Caqueiro - Vaso de planta.
Cara-de-fuinha - Pessoa com nariz achatado ou defeituoso.
Cara-de-pum - Mané, bobão.
Carecer - Precisar ("Carece não, viu?")
Caroara -Tremedeira nas pernas.
Caruara - Diarréia, dor de barriga; amarelar na hora H. ("Deu caruara em Ronaldinho")
Carteira - Mesa de trabalho, de escola.
Casquinha - Pão-duro.
Casquinhagem - Pão-durismo.
Catiguria - diz de quem tem habilidade, categoria.
Certa feita - Uma vez. ("Certa feita eu ia passando por ali...")
Chamar Raul -Vomitar.
Checreté - Doido, abilolado.
Chegue - Vem cá.
Chegue à frente - Entre, participe da conversa.
Chegue mais - Vem cá.
Cheguei - Qualidade de um objeto de cor viva, que chama atenção. ("Aquele camisa rosa é cheguei!")
Cheio de guéri-guéri - Cheio de onda.
Cheio do pau - Bêbado.
Chelp - Viu, não acreditou em mim? aprenda! ("Viu que não vai Ter festa hoje! Chelp!")
Chiar - Reclamar.
Chibata - Vara de madeira.
Chibiu - vagina.
Chibungo - Sacana; viado.
Chicote - Cu. ("Vá tomar no chicote, porra!")
Chico - Abreviatura de chicote.
Chieiro - Que reclama de tudo, que enche o saco.
Chororô - Choradeira. ("Quando eu fui embora, foi o maior chororô.")
Chupa-molho - Carne de Segunda com osso.
Classificador - Pasta escolar, usada pra guardar papéis.
Coberta - Lençol.
Cocada-de-amendoim - Pé-de-moleque.
Cocó - Palavra que vem da abreviação de crocodilo, designa pessoa não confiável, escrota; hipocrisia.
Cocó viola! - Pessoa muito cocó.
Colé - E aí?, Tudo bom? (corruptela "de Qual é ")
Colé de mermo mermao? - Saudação, Tudo bom?
Com certeza - Pode crer. (usado sempre como interjeição, respondendo afirmativamente)
Com certeza, sem medo de errar! - Usado como interjeição, geralmente como reforço.
Comer água - Beber.(bebida alcoólica)
Comer barro - Comer mosca, vacilar.
Como a porra - Pra caramba. ("Esse cara fala como a porra!")
Como quê - Pra cacete ("O café tá quente como o quê!")
Cordão - Barbante.
Corrente - Gente fina, amigo de fé ("Rodolfo é minha corrente!"); cordão de jóia.
Correr a casa - Visitar, conhecer a casa.
Corropio - Rodopio.
Couro comeu - Houve briga. ("...aí o coro comeu!")
Cozinhar o galo - Enrolar, fazer corpo mole.
Creca - Ferida infectada; pontos de ferrugem em carro.
Crendeuspai! - Creio em deus pai! , usado como "minha nossa, sai pra lá!".
Criar cabelo - Deixar o cabelo crescer.
Criatura - Pessoa, alguém. ("O criatura, vá buscar as roupas...")
Cucurute - Região posterior da cabeça.
Culhuda - Mentira.
Culhudeiro - Mentiroso.
Curiar - Olhar com curiosidade.

Da porra - Do caralho, bem feito, bonito; algo muito grande. ("Confusão da porra!")
Dada - Simpática, agradável, prestativa. ("Alice é uma pessoa muito dada.")
Daqui pra - Até. ("Daqui pra sexta-feira eu te entrego.")
Daqui prali - Logo, de imediato. ("Esse cara arruma confusão daqui prali.")
Dar - tomar aula de. ("Hoje dei física e inglês na escola.")
Dar broca - Dar porrada.
Dar língua - Fazer careta.
Dar no couro - Conseguir fazer alguma coisa; transar.
Dar nome - Falar palavrão.
Dar o gás - Se mandar.
Dar o leite - Entregar o ouro, dar a dica; quando o goleiro franga.
Dar ozadia - Dar espaço para, dar uma brecha ("Deu ozadia... agora todo dia, ele vai querer um pouquinho.")
Dar rasteira em cobra - Cambalear. (Bêbado)
Dar testa - Enfrentar, reagir à altura.
Dar trela - Dar corda, alimentar uma conversa; dar moleza.
Dar um agrado - Dar gorjeta.
Dar um cheiro - Dar um beijo, fazer carinho.
Dar um nó - Driblar no futebol.
Dar um salto na cidade - Ir à cidade.
Dar um tiro - Pedir preço muito alto por alguma coisa. ("Pô, quando eu perguntei quanto era, o cara me deu um tiro.")
Dar uma dura - Dar um corte em alguém.
Dar uma regulagem - Dar um esporro, reclamar.
Dar uma roubada - Dirigir um pequeno trecho na contra-mão.
De bicuda - o futebol, dar um chute de bico, chutar muito forte.
De botuca - Olhando, espiando.
Dê cá - Me dê. ("Dê cá isso, menino.")
De fulano - Do fulano. ("Esse lápis é de Antonio.")
De hipótese alguma - Em hipótese alguma.
De Hoje - Há muito tempo. ("De hoje que eu tô aqui esperando!")
De hoje a oito - Semana que vem.
De hoje a quinze - Daqui a quinze dias.
De junto - Perto, próximo.
De marca - Objeto de loja ou griffe famosa.
De menor - Menor de idade.
Demorô! - Vamos agora!
De prega - À toa, coçando o saco.
De prima - No futebol, chutar de primeira.
Debaixo da saia - No futebol, joga entre as pernas do adversário; protegido.
Defronte - Em frente.
Deixe estar! Ou Deix'star ou Destá - Cé vai ver!, Vou me vingar!
Delegado - No futebol, o cara que não toca a bola pra ninguém.
Desacerto - Azar. ("Foi o maior desacerto da vida dele!")
Desapartar - Separar.
Desassuntado - Sem vergonha.
Descaração - Pouca vergonha.
Desembocar - Desvirar.
Desencher - Esvaziar.
Desmilinguido - Desconjuntado.
Despelar - Descascar a pele queimada de praia.
Despirocado - Maluco, louco, azuado.
Despongar - Descer do ônibus, trem ou bonde.
Destabocado - Puto da vida.
Destorcer - Alinhar, acertar. (destorcer o arame)
Destrambelhado - Desarrumado, desajeitado.
Deus é mais! - Nossa, sai pra lá!
Deus que me livre! - Deus me livre.
Digaí! - Como é que vai?
Dor de corno - dor de cotovelo.
Dor de facão - Dor no baço, depois de algum esforço.
Dos tempos! - Há muito tempo.
Doze horas da noite - Meia-noite.
Doze horas do dia - Meio-dia.

E esse (...) todo? - E como vão esse (...)? ("E essas mulheres de Campinas toda?")
Ê, lasqueira! - Êta porra!, Puta que pariu!
Ê lêlê! - Interjeição em um momento de grande expectativa.
É mesmo, cara! - Poxa vida, nunca tinha pensado nisso!
É ninhua! - Pode deixar comigo.
É taca! - É foda!, É difícil!
É uma moça. - Diz-se quando alguém é muito educado.
Eclér - Zíper.
Edcétera - Etcétera.
Embecado - Muito arrumado, bem vestido.
Embocar - Virar de cabeça pra baixo.
Em Comunicação - Quando o telefone está ocupado.
Empata o baba - Atrapalhar, se vingar.
Empata-foda - Pessoa incoveniente, que aparece na hora errada.
Empatar - Perturbar, atrapalhar.
Empecado - Acompanhado de um monte de gente.
Empesteado - Cheio de alguma coisa, infestado. ("Ópaisso, Daniela tá com a cabeça empestada de piolho!")
Empinar arraia - Saltar pipa.
Encanador - bombeiro hidráulico.
Encanar - Dedurar.
Encardido - Muito sujo.
Encurtar conversa - Resumir, finalizar.
Enfastiado - de saco cheio, desanimado.
Engarguelhar - enforcar.
Enricar - Ficar rico.
Enrolar o volante - Virar o volante, fazer uma volta.
Enrolar - Embrulhar. ("Enrola pra mim dois pacotes de manteiga.")
Enterrar o baba - No futebol quando alguém não joga bem e é culpado pela derrota; quando alguém atrapalha outra pessoa em alguma coisa.
Entupido - Com prisão de ventre.
Enxame de gente - Muita gente.
Esbuguelado - Estragado, arrebentado.
Escarreirado - Apressado.
Esmolér - Mendigo.
Espanta-nigrinha - Perfume barato.
Esparro - Fria. ("O cara entrou no maior esparro!")
Essa menina - Tipo de tratamento vocativo. ("Ô essa menina venha cá!")
Estabocar - Arrebentar.
Estilo - Bem vestido. ("Você tá estilo hoje.")
Estrompado - Cansado em excesso.
Êta porra! - Poxa!
Eu acho que não, hein! - Interjeição quando algo não está correto.
Eu mesmo não - Eu não. ("Eu mesmo não gosto de teatro.)
E as porra - Etc. ("Eu levei as roupas, óleo de amêndoa e as porra.")

Fábrica - Escola pagou-passou.
Fação - Muito fácil.
Falapau - Farra, cachaçada.
Fala mais do que a nega do leite - Fala muito.
Falar ozadia - Falar palavrão ou de coisas obscenas.
Farda - Uniforme escolar.
Fatia-de-parida - Rabanada.
Fátima - Esmalte de unhas.
Faz bem uma hora - Há uma hora.
Fazenda - Pano, tecido.
Fazer - Dizer. ("Aí ele fez assim...")
Fazer enxame - Juntar gente, fazer estardalhaço.
Fazer figa - Causar inveja; torcer.
Fazer o balão - Fazer o retorno no trânsito.
Fazer ozadia - Fazer coisas obscenas; transar.
Fecha a porta, Maria - Dormideira. (plantinha que se fecha quando tocada)
Feito a porra - Pra cacete. ("Esse cara come feito a porra!")
Ferramenta - Pau.
Ficar de recuperação - Ficar de Segunda época, prova final na escola.
Fichinha - Coisa fácil; pessoa inexperiente ou fraca em alguma coisa.
Filar aula - Matar aula.
Fim-de-linha - Ponto final; área nas cercanias do ponto final do ônibus.
Fiofó - Cu.
Fitifiu - Vaia.
Foi mal - Desculpe.
Forrar o livro - Encapar o livro.
Frasco - Qualquer tipo de recipiente de vidro.
Freguês - Usado tanto para o vendedor como para o comprador. ("Ô freguês, me dê um caranguejo aí.")
Fren - Amigo, cara, corruptela de friend . ("E aí, meu fren!")
Frigidér - Geladeira.
Friza - Freezer.
Fubuia - Cerveja, cachaça, cachaçada.
Fudeu a porra toda! - Foi tudo pro espaço, fudeu geral.
Fudeu Maria-Preá - Fudeu tudo, fudeu geral.
Fudião - Fudedor, comedor.
Fudido - Uma coisa muito ruim, oposto do sentido usado em sp. ("Aquele carro é muito fudido.")
Fuleiro - Simples, algo com pouco recursos; fudido.
Funcionar o motor - Ligar o motor do carro.
Furico - Cu.

Gala - Esperma.
Galalau - Magro e alto.
Galego - Louro.
Galera do mal - A turma, a patota.
Galinha gorda - Jogar prendas pra molecada disputar.
Ganança - Ganância.
Garapa - Qualquer refresco muito doce.
Gás - Querosene.
Gasosa-de-limão - Refrigerante. (soda limonada)
Geladinho - Sorvete no saquinho.
Grade - Caixa de cerveja.
Grafite - Lapiseira.
Grande - Cara (vocativo) ("Ô grande, dê uma ajuda aqui.")
Graxeira - Empregada doméstica.
Guaraná - Qualquer refrigerante. ("Me dê um guaraná de limão aí!")
Guidão - Guidom.

Héuris - Cara. ("qual é, meu héuris?")
Humilhante - Ônibus.

Idéia de jerico - Idéia boba besteira.
Inhaca - Cheiro ruim do sovaco.
Interromper (o carro) - morrer o carro.
Invasão - favela.
Irmão de consideração - Irmão de coração, adotivo.

Jaburu - Mulher feia.
Jante - Roda de carro.
Jedi - Aquele cara guerreiro, que pega mulher feia.
Jegue-manso - Come-quieto.
Jogar um barro - Cagar.
Jóquei de cabrito - Pessoa de baixa estatura.

Lá ele - Outra pessoa, não eu.
Lá na casa da porra - Longe pra cacete.
Lá no jébi-jébi - Longe pra cacete.
Lambisgóia - Mulher magrinha e sem graça.
Lamentável - Interjeição diante de uma algo deprimente ou execrável.
Lapiseira - Apontador.
Lascar - Rasgar.
Latrina - Vaso sanitário.
Lavanderia - Tanque.
Lavar a jega - Se dar bem, lavar a égua.
Lenhado - Em má situação, em mau estado, fudido.
Ler de carrerinha - Ler rapidinho.
Leseira - Preguiça.
Leso - Bobo.
Levar baculejo - Ser revistado pela polícia.
Levar um chelp - Levar um fora.
Lera - Ironia, gracinha, provocação.
Licença / Cença aí - Com licença.
Lisar a roupa - Passar a roupa.
Liso, leso e louco - Duro, sem um puto, sem grana.
Lontra - Burro, estúpido.
Lorde - Arrumado, educado.
Lorpa - Mulher muito feia.

Machucado - Amarrotado ("O telefone tá é machucado!"); amassado ("Hoje quero banana machucada com leite ninho.")
Magoar - Machucar um lugar já machucado; zombar.
Mais - Com. ("Eu vou mais Paulo pra Morro de São Paulo.")
Mais eu - Comigo. ("Você vai mais eu?")
Mais logo - Logo mais.
Mais nunca - Nunca mais.
Malassado - Mal passado.
Malmente - Mal. ("Ele malmente sabe falar português, que dirá inglês!")
Mamão - Mané, bobão.
Mangaba - Muito fácil. ("Aquela prova tava mangaba.")
Mangangão - Autoridade, manda-chuva.
Mangar - Gozar, sacanear. ("Você tá mangando de mim?")
Mangue - Confusão.
Manjuba - Vara, pau, cacete.
Mão-de-figa - Pão-duro.
Marreteiro - Caloteiro, trambiqueiro; aquele que deixa tudo pra depois.
Massa! - Jóia!, Legal! .
Matracar - Falar mal da vida dos outros.
Mealheiro / Meaeiro - Cofrinho de dinheiro.
Medecê - MDC (máximo divisor comum)
Médio - Mais ou menos.
Meeiro - Mais ou menos; sócio.
Melar - Sujar; atrapalhar o desenrolar de um campeonato no futebol.
Memecê - MMC (mínimo múltiplo comum)
Merenda - Lanche.
Meter bronca - Dar um pau, brigar.
Meu bom - Meu chapa.
Meu branco - Meu chapa, meu amigo.
Meu louro - Meu chapa, meu amigo.
Meu nego - Meu filho, meu chapa.
Meu pai / Minha mãe - Pai / mãe.
Meu pai - Cara. ("Digaí, meu pai!")
Micareta - Micareme, carnaval fora de época.
Minduins - Amendoins.
Minha Pró - Professora.
Minha tia - Vocativo para alguém mais velho. ("Ô minha tia, dá licença aí?")
Misse - Grampo de cabelo.
Miuçalha - Miudeza.
Mocó - Sacola de palha.
Mocofiado - Escondido.
Mocorongo - Desajeitado.
Mondrongo - Coisa mal feita, de acabamento ruim; cara forte e desajeitado.
Montar bicicleta - Andar de bicicleta.
Morcego - Aquele que se pendura em ônibus.
Moreno - Negro.
Morreu aí - Fim de papo.
Morródia - Hemorróida.
Mossa - Amasso do carro (ou de lata)
Motô - Motorista de ônibus.
Mulé dama - Puta.
Muriçoca - Mosquito, pernilongo.
Mutuca - Mosquito.
Muvuca - Festa de última hora; confusão; muita gente.

Na biela - Sozinho, sem namorado.
Na casa - Aqui no trabalho. ("Tá faltando caneta na casa!")
Na cocó - Pegar no flagra; chegar de surpresa; mal intencionado.
Na intenção - No pé de alguém, afim de conquistar ou pertubar.
Na lama - Na pior.
Na levada - Na onda, no ritmo. ("Vamo galera na levada do pelô")
Na mão grande - Algo feito com poucos recursos, na marra.
Na molequeira - De brincadeira.
Na moral - Numa boa; vá lá... ("Meu pai, me dê dinheiro aí, na moral!")
Na paleta - A pé.
Na pindaíba - Na pior; sem grana.
Na pipoca - Brincar o carnaval sem ser em bloco.
Na prega - Sem fazer nada.
Na sua mão - Com você. ("Tá na sua mão.")
Na tora - À força, obrigado.
Natoralmente - De forma forçada, na marra.
Não contar conversa - Não perder tempo.
Não tem (...) certa - Não tem nada que vá me impedir. ("Não tem chuva certa que acabe com minha praia.")
Não tem errada - Não há como errar.
Não tem nem pra onde - De jeito nenhum.
Não vai dar pra melar - Não vai ser suficiente.
Nessistanti / Nes'stanti / Nestanti - Agora há pouco, neste instante.
Nico - Mico.
Nigrinha - Alguém de baixo nível.
Nigrinhagem - Baixaria, baixo astral.
Nó-cego - Pessoa complicada.
Nove e quatro - Nove vírgula quatro (nota na prova), vale pra qualquer nota.
Num sabe? - Sabe? ("Acho que vou, num sabe?")
Num tô nem aí - Não quero nem saber.
Num tô cumeno nada disso - Nem vem que não tem, não tô acreditando nessa história.
Num tô cumeno reggae - Num tô comendo nada disso.
Num tá aí, nem tá chegando - Não está presente.

Ô, mais tá! - Ora essa!, veja só!
Oferecida - Mulher que se joga para os homens.
Ói, me deixe, viu? - Por favor não toque nesse assunto, tá?
Ói sua vida! - Olhe lá!, tenha cuidado!
Olho grosso - Invejoso, olho gordo.
Ópaisso! / Ópraisso! / Ópraí! / Ópaí-ó! - Olha só!
Ora, tá! - Ora, essa!, veja só!
Oreba - Otário; lerdo.
Orla - Beira-mar.
Ousadia - Impertinência, atrevimento.
Oxente - Puxa!, qual é?, que é isso?
Ôxi! / Ôxe! - Oxente!
Ozadia - Libertinagem, sacanagem.

Painho / Mainha / Voinho / Voinha - Pai / mãe / vô / vó.
Paleta - À pé.
Paletada - Caminhada longa.
Paleteiro - Quem caminha muito.
Palitinho (jogo) - Porrinha.
Pandeiro - Bunda.
Pano-branco - Mancha branca na pele.
Papeira - Cachumba.
Pare, viu? - Cê para, hein!
Paroano - Ano que vem.
Passadeira - Travessa de cabelo, diadema.
Passado (comida) - Estragado.
Passar a porra - Dar um pau, dar porrada.
Passar batido - Passar ligeiro, passar sem notar; entender algo facilmente.
Passarinha - Paço de boi frito em fatias.
Passeio - Calçada.
Patão - Otário, bobão.
Patolino - Muito patão.
Patapata - Escova de cabelo daquelas que enfia o dedo.
Pau caixola - Grande briga com uso de instrumentos ou armas.
Pau viola - Grande briga na mão, sem uso de pedaços de pau ou qualquer objeto.
Pé-de-gente - Pessoa. ("Não apareceu nenhum pé-de-gente naquela festa.")
Pé-de-pica - Pessoa de pau grande; coisa ruim; bronca, confusão.
Pé-de-planta - Muda de planta.
Peba - Tapa na testa; de má qualidade; não original.
Peça - Buffet; armário.
Pedir pra morrer - Sentir uma vergonha imensa.
Pegar no pé - Encher o saco, perturbar, ser insistente.
Pegar no tombo - Empurrar o carro pra pegar.
Pegar uma aposta - Fazer uma aposta.
Perainda - Espera aí.
Percata - Sandália.
Periquito - Pipa, papagaio de papel.
Pescar - Colar na prova ou exame (escola).
Picado - Rápido, apressado.
Picar - Arremessar algo, jogar. ("Vou picar isto em sua cara!")
Picar a porra - Bater. ("Vou lhe picar a porra!")
Picuinha - Detalhe sem importância; frescura; intriga.
Picula (brincadeira) - Pique esconde.
Pilha - Mentira, lanterna.
Pilha-negra - Mentira muito grande.
Pinguço - Bêbado.
Pintão - Menino pertubado, arteiro.
Pintar - Perturbar, fazer arte. ("...e os meninos, pintando muito?")
Plantar na testa - Chifrar.
Pó - Talco.
Pocar - Furar, estourar. ("Nos aniversários a criançada sempre poca as beixigas.")
Poço (de bufa) - Mulher extremamente feia.
Pomba lerda - Lento, bobo.
Pongar - Pegar carona; embarcar na idéia de alguém; pegar ônibus ou trem em movimento.
Ponta de grafite - Grafite (de lapiseira).
Pontinho - Embaixadas no futebol.
Por nome - Chamado. ("Tinha um cara por nome André.)
Por vida - Direto, sempre, constantemente. ("Ele tem por vida ficar olhando as meninas.")
Porra - Palavra mais comum desse dicionário. Usada em milhares de casos, como mostrados. Porra pode ser usado até como vírgula. ("No churrasco porra você tem que ter carne porra e sal grosso também.")
Porra, velho! - Pode crer!...
Porre - Chateação, saco. ("A festa tava um porre!")
Porreta - Legal, do cacete; gente fina; pode ser usado com ironia. ("Você é porreta, pega minhas coisas e nem me avisa!")
Possa ser - Pode ser. ("Possa ser que eu vá.")
Pra pirão - Pra valer.
Pregueiro - Que vive na prega, à toa, coçando o saco.
Presa - Barragem, represa.
Presilha - Alfinete.
Primo carnal - Primo de segundo grau, primo irmão.
Procurar conversa - Falar demais, ser inconviniente.
Procurar frete - Procurar confusão.
Pular de cabeça - Mergulhar de cabeça.
Punheta - Bolinho de tapioca.
Purgando - Escorrendo pus.
Puro - Sem acompanhamento. ("Hoje comi feijão puro.")

Q-Boa - Qualquer tipo de água sanitária.
Quadrado - Cercado de bebê.
Qual é a de mesmo?(Colé de mermo?) - Qual é a boa?, E aí como vai?
Qual é meu rei? - Qual é, cara?
Quando acaba - Além de tudo, além do mais, ainda por cima.("...e quando acaba vem me pedir desculpas.")
Quartinho - Banheiro.
Que hora é essa? - Que horas são?
Que isso assim? - Que isso?
Que miséria! - Desabafo; Engraçadinho!
Que nem eu - Como eu.
Que porra é essa? - Que é isso?
Que só a porra - Pra caramba. ("Essa sopa está quente que só a porra!")
Quebrado - Cansado; estragado.
Quebrar - Dobrar a rua.
Queimado - Bala, doce.
Queimar - peidar; faltar ao trabalho.
Queixão - Cara de pau, entrão, bicão.
Queixar - Tentar namorar, cantar alguém; pedir alguma coisa na maior cara de pau.
Quenga - Mulher feia.
Quente-frio - Garrafa térmica.
Quentura - Calor.
Quesito - Pergunta, questão de uma prova escolar.
Quetar - Ficar quieto. ("Quete aí, menino!")

Coisa comum, rotineira, repetitiva. ("Fica aí nesse rame-rame da porra!")
Ranço - Implicância; odor de suor.
Rebocado - Com certeza. ("Tá rebocado que eu vou pra essa festa!")
Receba! - Aprenda!, viu só? ("Vitória enfiou 2x0 no seu time. Receba!")
Rechear (a carne) - Refogar a carne.
Rei - Cara.
Rei da cocada preta - Metido a besta.
Renca - Um monte. ("Tinha uma renca de gente no meu carro.")
Repare - Olha só, veja aqui.
Resultado - Aí então... , conclusão...
Retado - Do caralho, muito bom; capaz; gente boa; invocado, puto da vida; bravo; interjeição de espanto ("Ô, retado!")
Rodage - Estrada.
Rola - Pau, vara, cacete.
Rolete - pedaço de cana.
Romper o ano - Passar a entrada do ano novo.
Ronceiro - Preguiçoso, vagaroso.
Rótula - Rotatória, balão no trânsito.
Rumar - Jogar, lançar.
Rumbora? - Vamos nessa?

Sacrista - Sacana.
Sacudir (a poeira) - Limpar a casa, tirar a poeira dos móveis.
Saído - Aquele que gosta de aparecer.
Sair (bebida) - Servir bebida.
Salitre - Maresia.
Saltar (do ônibus) - Descer do ônibus.
Sanitário - Banheiro.
Sapatona - Sapatão.
Sargaço - Alga marinha.
Se abrir - Se oferecer.
Se amostrar - Querer aparecer, ficar em destaque.
Se armar - Se dar bem; arranjar uma mulher.
Se arrombar - Se dar mal.
Se assunte! - Tome vergonha!; se ligue!; se olhe!
Se campar - Se dar mal.
Se estrompar - Se dar mal.
Se lenhar - Se dar mal.
Se ligue! - Se oriente, se toque, preste atenção.
Se olhe! - Procure seu lugar, me respeite!
Se oriente! - Tome jeito!
Se picar - Se mandar, ir embora.
Se plante, bróder! / Se prante, bróder! - Fique na sua!; Vamo brigar agora!
Se respeite! - Me respeite.
Se saia, rapa! - Se toque; se mande.
Seco - Muito afim de fazer algo. ("Hoje estou seco por um baba.")
Segurar no pé - Encher o saco, vigiar, tomar conta. ("Essa mulher vive segurando no meu pé.")
Segurar vela - Diz-se de quem acompanha sozinho um casal de namorados.
Sem quê nem pra quê - Sem mais nem menos.
Seu bichinho - Seu fulano.
Siga certo - Vá em frente.
Sinal - Pinta no corpo.
Sinaleira - Sinal de trânsito.
Só - Usado para reforçar algo. ("-Esse cara fala pra porra, né?/ -É, ele só fala!")
Socado - Cheio, entupido.
Socorro - Estepe de pneu.
Sombreiro - Sombrinha de praia.

Tá de calundu - Tá zangado, na bronca.
Tá ligado? - Entendeu?; Falou?
Tá mangaba - Tá moleza.
Tá na jante (pneu) - Tá gasto, tá careca.
Tá na pindaíba - Tá sem grana, tá duro.
Tá rebocado! - Pode crer!
Tá sem um puto -Tá sem grana, duro.
Tá um baba - Tá moleza.
Tabaca - Drible da vaca no futebol; buceta.
Tabacuda - Bucetuda.
Tabaréu - Caipira.
Tabaroa - Mulher caipira.
Taboca - Tipo de biscoito oco e arredondado; porrada; vantagem.
Tábua - Assento do vaso.
Taca - pau, cacete, pênis.
Taco - pedaço.
Tanque - Caixa d'água.
Taquiceiro - Taxista.
Taquinho - Pedacinho.
Tcheca - Buceta.
Ter arte do cão - Ser pertubado, traquinas.
Tiquinho - Pouquinho. ("Deixe só um tiquinho pra mim.")
Tirado - Metido.
Tirar o contrato - Assinar o contrato.
Tirar do tempo - Desregular o motor do carro.
Tirar idéia - Tirar onda.
Tirar o corpo - Se mandar, dar o fora.
Tirar o pé de banda - Sair da jogada.
Tirar pergunta - Tirar satisfação.
Tô pouco me lixando - Não quero nem saber.
Toba - Cu.
Tóchico - Tóxico.
Tô de maresia - Estou sem fazer nada, vagabundeando.
Tolete - Peloto de cocô.
Tomar uma - Beber. (bebida alcoólica)
Tomar um chelp - Descobrir que estava errado; se dar mal em alguma discussão. ("Foi discutir com a professora e acabou tomando um chelp!")
Tomar raiva - Ficar com raiva.
Tomar tenência na vida - Tomar jeito.
Tomar um chá de se pique - Retirar-se, ir embora.
Tope - Tamanho. ("Ele é do meu tope.")
Topete - Ousadia, falta de respeito. ("Não tome topete comigo não, viu?")
Torar - Arrebentar.
Transmissão - Registro hidráulico.
Trava na língua - Língua presa.
Treta / Treita - Malandragem, safadeza.
Tribufu - Negra feia.
Tripé - Homem de pau grande.
Trocar idéias - Conversar.
Troncho - Desarrumado, torto, sem equilíbrio.
Truta - Mentira, sacanagem.

Um mucado - Um bucado, um monte, vários.
Uma hora dessa - Qualquer hora.
Umbora? - Vamos?

Vá pra porra! - Não encha o saco!
Vagal - Preguiçoso, vagabundo.
Vai desculpando - Desculpe-me.
Vambora / Vãobora - Vamos?
Vara - Baguete, pão mais comprido.
Varapau - Sujeito alto e magro.
Vate catar! - Vá encher o saco de outro!
Vá pra porra! - Vá se fuder!, Vá encher o saco de outro!
Vazio - Livre, disponível. ("Esse lugar tá vazio?")
Ver miguel - Ir no banheiro.
Virado na porra - Muito puto da vida.
Virado no cão - Muito puto da vida.
Vixe Maria! - Virgem Maria!

Xaréu - Pessoal que entra no estádio de graça no final do jogo, quando abrem-se os portões.
Xereca - Buceta.
Ximba - Cu.
Xôxa - Sem graça, insípida.
Xurumela - Papo-furado; história mal contada.

Zarolho - Caolho.
Zerinho ou um / Zero ou um - Jogo tipo par ou ímpar.
Zorra - Qualquer coisa; bagunça; porra; situação.
Zuada - Barulho.
Zunhada - Arranhar com as unhas, unhadas.

C. Rangel de Souza (Baiano)